Washington - Oito milhões de mulheres nos Estados Unidos não fizeram exames para detecção do câncer de colo do útero nos últimos cinco anos, ainda que os ;check-ups; regulares ajudem a evitar uma doença que pode ser fatal, advertiram autoridades de saúde americanas nesta quarta-feira (5/11).
No país mais rico do mundo, cerca de uma em cada dez mulheres - ou 11,4% -, com idades entre 21 e 65 anos, passou anos sem fazer os exames, revelou um relatório elaborado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, com base em dados de registros coletados entre 2007 e 2011.
"Nós devemos aumentar nossos esforços para garantir que todas as mulheres entendam a importância de fazer exames preventivos para o câncer de útero. Nenhuma mulher deveria morrer de câncer cervical", afirmou a vice-diretora dos CDC, Ileana Arias.
A agência recomenda que a maioria das mulheres entre os 30 e os 65 anos faça o preventivo - ou Papanicolau - pelo menos a cada três anos e um exame para detecção do HPV (papilomavírus humano) a cada cinco anos. Segundo os CDC, aproximadamente a metade dos casos novos de câncer de colo de útero registrados anualmente ocorre em mulheres que não foram examinadas adequadamente.
Cerca de 12 mil mulheres nos Estados Unidos desenvolvem câncer de colo de útero todos os anos e 4.000 morrem vítimas da doença. O Papanicolau foi introduzido nos anos 1950 e é apontado como fator predominante para a redução drástica do número de casos de câncer cervical em todo o mundo.
As mulheres do sul dos Estados Unidos apresentam as maiores taxas de câncer cervical e morte provocada pela doença e o maior percentual de pacientes não examinadas do país.