postado em 03/11/2014 09:01
A fala humana pode auxiliar no diagnóstico da depressão. É o que defendem cientistas norte-americanos em um estudo apresentado no 168; Assembleia da Sociedade Acústica da América, realizada na semana passada, nos Estados Unidos. Eles conseguiram identificar alterações na voz de pessoas com o distúrbio psiquiátrico. Essas evidências, acreditam, podem proporcionar uma nova estratégia de reconhecimento mais rápido e completo da doença que atinge mais de 350 milhões de pessoas no mundo.O experimento teve como base dados de uma pesquisa anterior de um laboratório parceiro que também buscou decifrar a relação entre a voz e o distúrbio. O trabalho tinha análises das falas de seis pacientes diagnosticados com a doença em 2007, quando eles se sentiam deprimidos ou não deprimidos, e mostrava que elas eram distintas em características acústicas. ;As alterações neurofisiológicas associadas com a depressão afetam a coordenação motora e podem interromper a precisão articulatória na fala;, justifica Carol Espy-Wilson, autora do estudo e professora do Departamento de Computação e Engenharia Elétrica da Universidade de Maryland, em comunicado à imprensa.
No novo estudo, foram analisados outros 35 pacientes que também manifestavam momentos de tristeza e alegria. Ao comparar a fala deles com os resultados da sondagem anterior, os cientistas encontraram pontos semelhantes em situações de tristeza relatadas por participantes de ambos os grupos. Quando os sentimentos de depressão eram mais fortes, a fala soava mais ;suspirada; e lenta. A equipe também percebeu aumento de duas medidas acústicas; a jitter e a shimmer ;, que medem a frequência e a variação de amplitude do som. Quando estão altas, podem resultar em uma voz rouca ou áspera.
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