Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Americanos e alemão ganham Nobel de Química por trabalhos com microscópio

O microscópio de alta resolução permite estudar tecidos moleculares



O Nobel de Química não costuma ser atribuído a mais de duas pessoas. Isto aconteceu apenas 19 vezes desde 1901. O Nobel de 2014 entra para a história por premiar trabalhos que podem ser entendidos de forma direta pelo público. Os vencedores em Medicina pesquisaram a zona do cérebro que dá o sentido de orientação, enquanto os estudos dos vencedores de Física permitiram a criação das lâmpadas de LED de baixo consumo.

Ainda serão anunciados os vencedores do Nobel de Literatura (quinta-feira), da Paz (sexta-feira) e de Economia (segunda-feira).

Confira os 10 últimos vencedores do Prêmio Nobel de Química:

2014: Eric Betzig, William Moerner (Estados Unidos) e Stefan Hell (Alemanha), por estudos que permitiram desenvolver a microscopia fluorescente de alta resolução.

2013: Martin Karplus (Estados Unidos/Áustria), Michael Levitt (Estados Unidos/Reino Unido) e Arieh Warshel (Estados Unidos/Israel), pelo desenvolvimento de modelos multiescala de sistemas químicos complexos.

2012: Robert Lefkowitz e Brian Kobilka (Estados Unidos), por trabalhos sobre receptores que permitem às células compreender seu entorno, um avanço essencial para a indústria farmacêutica.

2011: Daniel Shechtman (Israel), pela descoberta da existência de um novo tipo de material, os "quase-cristais".

2010: Richard Heck (Estados Unidos), Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki (Japão), que criaram uma das ferramentas mais sofisticadas da química, que abre caminho para tratamentos contra o câncer e para produtos eletrônicos e plásticos revolucionários.

2009
: Venkatraman Ramakrishnan, Thomas Steitz (Estados Unidos) e Ada Yonath (Israel), por estudos sobre os ribossomos, que permitem criar novos antibióticos.

2008: Roger Tsien, Martin Chalfie (Estados Unidos) e Osamu Shimomura (Japão), por pesquisas sobre as proteínas fluorescentes, cujas aplicações permitem detectar tumores cancerígenos.

2007: Gerhard Ertl (Alemanha), por trabalhos sobre os catalisadores utilizados em diferentes setores industriais, dos fertilizantes até os tubos de escapamento.

2006
: Roger Kornberg (Estados Unidos), por pesquisas fundamentais sobre a transcrição dos genes.

2005
: Yves Chauvin (França), Robert H. Grubbs e Richard R. Schrock (Estados Unidos), por trabalhos sobre a metátese em síntese orgânica, que tem um enorme impacto na produção de medicamentos.