Entender como ambas espécies compensam o gasto energético na busca pela próxima refeição é essencial para estratégias conservacionistas ; a população do guepardo declinou bruscamente no século passado, de cerca de 100 mil espécimes, estimados em 1900, para apenas 10 mil hoje. Dois estudos independentes publicados na revista Science parecem ter desvendado esses mecanismos, chegando a conclusões semelhantes: para esses animais, procurar pela presa é muito mais custoso do ponto de vista calórico do que o momento de caçar propriamente dito.
A caçada e a luta, é claro, são extenuantes, observa John W. Laundré, professor da Universidade da Califórnia em Riverside que escreveu um artigo analítico sobre os dois trabalhos na Science. Envolvem corridas extraordinárias ; uma das presas do guepardo é a ligeira gazela, por exemplo ; e um corpo a corpo vigoroso. Mas medições feitas pelos pesquisadores indicaram que esse é um processo rápido. O guepardo passa apenas 12% do dia perseguindo seu almoço. O que realmente consome a energia dos grandes felinos carnívoros é procurar por uma presa em potencial. Os pumas gastam 2,3 vezes mais calorias localizando a vítima do que caçando e lutando contra ela.
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