Augusto Pio - Especial para o Correio
postado em 16/09/2014 11:45
Belo Horizonte ; Em linhas gerais, o sonambulismo caracteriza-se pela atitude de sair da cama durante o sono, andar ou exercer alguma atividade sem que a pessoa tome consciência e se recorde do ocorrido. Em geral, surge na infância com uma prevalência que pode chegar a 17%, dependendo da população estudada. ;Geralmente, aparece entre 11 e 12 anos. Na vida adulta, a quantidade de episódios tende a se reduzir, mas ainda será relativamente comum;, explica Maurício Viotti Daker, médico do sono, professor de psiquiatria e psicogeriatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O sonambulismo é considerado uma parassonia (distúrbio caracterizado por movimentos anormais durante o sono). Outros exemplos de parassonia são o pesadelo e o terror noturno. ;No pesadelo, acordamos assustados, tomamos consciência da situação e até sentimos alívio por aquilo não ser verdade, dormindo em seguida. No terror noturno, a pessoa geralmente senta ou se move na cama e se mostra confusa e com medo, podendo gemer ou gritar. Dorme em seguida, sem ter consciência do ocorrido;, esclarece Daker. Também são consideradas parassonias as sensações repentinas de estar caindo e falar durante o sono.Não há propriamente tipos de sonambulismo, mas o problema pode ser subdividido conforme a gravidade e o período de tempo em que se apresenta. ;Diz-se que é leve quando ocorre menos de uma vez por mês e não traz consequências para o indivíduo ou para outros. É moderado quando mais frequente, mas ainda sem consequências. Já o grave ocorre quase todas as noites e está associado a danos físicos do paciente ou de outros;, detalha Daker. A condição passa a ser considerada crônica quando se manifesta por período superior a três meses.
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