Pequim - A China colocará em órbita seu segundo laboratório espacial em dois anos, indicou nesta quarta-feira (10/9) um funcionário de alto escalão do ambicioso programa espacial, que inclui levar algum dia um astronauta chinês à Lua. O astronauta Yang Liwei, que em 2003 se converteu no primeiro chinês a ser enviado ao espaço, e que agora é vice-diretor do programa espacial, fez o anúncio em um congresso da Associação de Exploradores do Espaço (ASE) em Pequim.
"Vamos lançar o laboratório espacial Tiangong-2 em 2016, e depois lançaremos o Shenzhu-11 e a nave espacial Tianzhu-1 para que se acoplem ao laboratório espacial", afirmou. Esta é a primeira vez que a China recebe a reunião anual da ASE, que reuniu em Pequim 100 astronautas de 18 países. Pequim, que tem grandes atrasos tecnológicos, considera seu programa espacial como um símbolo da ascensão da China entre as potências mundiais.
No ano passado, o pouso sem incidentes do módulo de exploração "Coelho de Jade" - uma façanha que só os Estados Unidos e a URSS realizaram e que não foi repetido em mais de 37 anos - foi motivo de grande orgulho na China, onde a população se entusiasma pelas proezas do robô. O programa espacial chinês também prevê instalar uma estação permanente em órbita até 2020 para, no futuro, enviar um homem à Lua.