Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Vinho e chá não são capazes de, sozinhos, fazer bem ao coração, diz estudo

O estilo de vida de quem consome esses líquidos é determinante para o efeito deles sobre o organismo



Uma das pesquisas que buscaram compreender melhor essa relação foi liderada por Nicolas Danchin, do Centro de Medicina Preventiva de Paris IPC. O estudo mediu o consumo de café e chá de mais de 130 mil pessoas de 18 a 95 anos e que haviam passado por um checape entre janeiro de 2001 e dezembro de 2008. O consumo diário das bebidas foi classificado em três níveis: nenhuma xícara, entre uma e quatro xícaras e mais de quatro xícaras.

Os exames mostraram que os bebedores de café tinham risco cardiovascular maior que o dos não bebedores, mas não necessariamente pela alta ingestão do líquido. Na verdade, notou-se que os apreciadores do produto podem ser associados a um estilo de vida menos saudável. Por exemplo, o percentual de fumantes entre não bebedores foi de 17%. Esse índice subia para 31% entre os que bebiam moderadamente e para 57% entre os consumidores de mais de quatro xícaras diárias. Os indivíduos que diziam não ao café também eram mais ativos: 45% deles apresentavam bom nível de atividade física, enquanto essa taxa era de 41% nos que bebiam grande quantidade.

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