Estocolmo - Um teste de DNA permite saber se uma vaca produz um leite mais adaptado a ser bebido ou a ser transformado em queijo, segundo pesquisas de uma bióloga sueca apresentadas nesta terça-feira (26/8) pela universidade de Lund. A descoberta é obra de Frida Gustavsson, que publicou em maio uma tese intitulada "exploração das propriedades da coagulação no leite bovino com a ajuda de enfoques genômicos".
Quanto mais rápido o leite coagular, menos tempo é possível ser conservado para ser bebido e mais se adapta à elaboração de queijo. Por outro lado, quanto menos coagular, mais adaptado é para ser bebido. "Uma amostra de sangue e uma comparação com o DNA mais favorável à produção de queijo pode dar a um agricultor a possibilidade de ter vacas que garantam um leite de alta qualidade para fazer queijo em alguns anos", declarou a universidade de Lund.
"Isso simplifica a logística. Um melhor conhecimento dos genes das vacas pode ser uma vantagem para a rentabilidade dos agricultores e os níveis de produção de produtos lácteos, assim como para reduzir o impacto ecológico porque o processo de fabricação do queijo já não era eficaz", acrescentou.
As pesquisas da bióloga foram realizadas em uma raça de vacas classificada leiteira, a sueca vermelha, na qual 18% das vacas produzem um leite impróprio para a produção de queijo, ou seja, que não havia coagulado após 40 minutos.