As baixas temperaturas do inverno costumam ser um convite a aglomerações. Com frio, a tendência é de que as pessoas busquem refúgio em ambientes fechados e lotados. O problema é que alguns intrusos podem acabar dividindo o espaço. É o caso de micro-organismos nocivos, responsáveis por doenças transmitidas pelo contato próximo com indivíduos infectados. Entre elas, estão as meningites, que ocorrem quando agentes patógenos invadem o sistema nervoso central, provocando uma grave inflamação. No Brasil, de janeiro até 2 de julho, foram notificados 5.737 casos e 447 óbitos associados a esse tipo de infecção, de acordo com o Ministério da Saúde.
Vírus, fungos e até mesmo vermes podem causar a inflamação das meninges ; membranas protetoras do cérebro. Contudo, a maior gravidade está nos casos de transmissão por bactérias, principalmente as meningococos, facilmente disseminadas pelas vias respiratórias. Essas infecções precisam ser identificadas e tratadas rapidamente, pois podem matar ou deixar sequelas, como surdez e complicações neurológicas.
Um estudo realizado em 2011, por pesquisadores da Universidade do Paraná com crianças internadas com meningite bacteriana aguda no Hospital de Clínicas da instituição, constatou que 40% dos pacientes sofreram sequelas neurológicas. As mais frequentes foram alteração comportamental (22,9%), atraso no desenvolvimento psicomotor (17,1%), retardo mental (14,3%) e epilepsia (14,3%). Problemas na fala e na audição atingiram, respectivamente, 11,4% e 8,6% da amostra de 35 pacientes, com idades entre 1 e 14 anos.
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