Isabela de Oliveira
postado em 03/08/2014 08:04
O corpo humano é uma máquina projetada com peças individuais altamente especializadas e que trabalham em cadeia. A engrenagem viva é calculada para funcionar durante longos períodos. Mas, assim como nas invenções de lata, corre o risco de emperrar. Quando isso acomete um corredor, o repouso pode ser o melhor conserto. Mas a possibilidade de encostar o tênis durante algumas semanas é imediatamente descartada pelos mais apaixonados pelo esporte. Um estudo divulgado por pesquisadores da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) alerta os mais resistentes à ideia: lesões maltratadas desencadeiam, dentro de um ano, distensões musculares capazes afastar de vez os atletas e os amadores do asfalto.Apesar de a corrida ser uma das atividades mais populares do mundo ; barato e acessível, o esporte tem pelos menos de 4 milhões de adeptos no Brasil ;, há pouca informação sobre os riscos relacionados a ela. A falta de dados despertou a curiosidade de Bruno Saragiotto, na época aluno de mestrado da Unicid. Sob a supervisão de Alexandre Lopes, professor do programa de mestrado e doutorado em fisioterapia, Saragiotto revisou sistematicamente mais de 7 mil artigos. De todos, encontrou 11 elegíveis para responder à questão central: quais são os fatores de risco para lesões na corrida?
Ao contrário do esperado, o tênis e o alongamento desenvolvem papel secundário, concluiu Saragiotto. ;Apesar de a literatura ser carente com relação a esse tema, um tópico já é consenso há décadas: alongamento não previne lesões em corredores. Outro tópico que muitas pessoas atribuem importância é o uso do tênis especial de corrida. Pode-se observar que os resultados seguem na mesma direção: eles não previnem contusões;, assegura Lopes.
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