Será capaz de localizar um bilhão de estrelas da nossa galáxia, determinando sua posição e movimento, mas também a distância que as separa da Terra, o parâmetro mais difícil de obter. Em 99% dos casos, esta distância nunca tinha sido medida com precisão.
"A ativação foi difícil", admitiu Timo Prusti, encarregado científico do projeto para a ESA. Mas, "em seu conjunto, Gaia está em boas condições para cumprir o que promete", acrescentou. "Todas as metas básicas ainda são realizáveis", assegurou Timo Prusti, citado no comunicado.
Um dos problemas encontrados foi a formação de gelo nas lentes, certamente a partir da água que se formou em alguma parte da nave espacial antes do lançamento. As lentes foram aquecidas para tirar o gelo, mas a operação certamente deverá voltar a se repetir durante a missão. Outro problema ocorreu ao nível da "luz parasita" que Gaia encontrou e que foi mais elevado que o previsto.
"Otimizamos o software de bordo para atenuar tanto quanto possível o impacto causado por este ruído de fundo luminoso", explicou Giuseppe Sarri, diretor do projeto Gaia na ESA. "De qualquer forma, seremos capazes de analisar um bilhão de estrelas ou mais, com precisão até cem vezes maior que a do antecessor de Gaia, Hipparcos", assegurou.