A nave tinha sido lançada no domingo de Wallops Island (Virgínia, leste dos EUA), a bordo de um foguete Antares. Segundo o previsto, os astronautas devem abrir a cápsula na quinta-feira, mas existe a possibilidade da a operação ser antecipada para esta quarta, caso a equipe de astronautas trabalhe rápido e sem inconvenientes.
O astronauta americano Steve Swanson foi quem operou o braço mecânico para acoplar a cápsula, acrescentou a Nasa.
Mais materiais, menos resíduos
A Cygnus transporta 1,657 tonelada de materiais, incluindo novos satélites, experimentos para cultivo de rúcula no espaço e uma bomba para o módulo japonês que substituirá outro que parou de funcionar. Os astronautas carregarão a cápsula com resíduos. A mesma se desacoplará da ISS em 15 de agosto e será "liberada para um retorno destrutivo na atmosfera terrestre", acrescentou a Nasa.
Diferentemente dos aparelhos da SpaceX, que pousam no mar ao retornar à Terra, as cápsulas da Orbital se incendeiam ao voltar para a atmosfera terrestre. A missão, chamada Orb-2, é a segunda de oito que a Nasa acertou com a Orbital, e é a terceira viagem de uma cápsula Cygnus à ISS depois de um voo de teste bem sucedido no ano passado.
Esta viagem estava prevista para maio, mas alguns problemas com o foguete Antares forçaram seu adiamento. A Cygnus tem mais missões programadas. A operação Orb-3, em novembro, e outras três em 2015.
Nasa dependente
A Orbital Sciences e a SpaceX são duas empresas privadas americanas que assinaram contratos importantes com a Nasa para o transporte de material à ISS. Seus contratos foram, respectivamente, de US$ 1,9 bilhão e US$ 1,6 bilhão.
A SpaceX já efetuou três missões para a ISS com sua cápsula Dragon, duas delas para transporte de materiais. A empresa tem previsto realizar mais dez voos até 2015.
A cápsula Dragon é lançada a bordo de um foguete Falcon 9, de Cabo Cañaveral, na Flórida (sudeste). Após 30 anos, a Nasa não retornou ao espaço, desde que encerrou seu programa de ônibus espaciais, em 2011.
Para levar seus astronautas, a agência depende da Rússia, assim como a Europa. Os países devem comprar assentos, no valor de US$ 70,7 milhões cada um, na cápsula russa Soyuz, capaz de levar até dez astronautas por vez.
Mas várias empresas americanas, como a SpaceX, competem com a agência espacial russa Roscosmos, e buscam fabricar uma nave que possa transportar astronautas, devolvendo independência aos Estados Unidos para chegar à ISS em um futuro próximo.