postado em 16/07/2014 08:54
Há mais de 140 anos, Charles Darwin percebeu algo peculiar sobre os mamíferos domésticos. Comparadas aos ancestrais selvagens, as espécies domesticadas são mais mansas e tendem a exibir uma série de outras características ternas, como orelhas mais caídas, tufinhos de pelo branco, faces juvenis e mandíbulas menores. Desde então, as justificativas para esses padrões não foram muito conclusivas. Agora, um conjunto de artigos publicados na revista Genetics tenta explicá-los a partir de uma hipótese inédita.De acordo com os textos, a aparência fofa que faz com que humanos se derretam pelos animais domésticos surgiu graças a um grupo de células-tronco embrionárias chamadas de crista neural. Elas seriam responsáveis pela ;síndrome da domesticação;, que fez com que cães, raposas, porcos, cavalos, ovelhas, coelhos e mesmo não mamíferos, como pássaros e peixes, deixassem de ser encarados como criaturas selvagens e passassem a arrancar suspiros do Homo sapiens.
"Como Darwin fez suas observações quando a ciência da genética estava apenas começando, a síndrome da domesticação é um dos problemas mais antigos desse campo. Então, foi tremendamente empolgante quando constatamos que a hipótese da crista neural é capaz de explicar todos esses traços anatômicos", disse Adam Wilkins, da Universidade de Humboldt, em Berlin. Ele é um dos editores da Genetics e coautor do artigo.
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