Por seu trabalho, ela venceu recentemente o Prêmio Alvin Tollestrup, concedido anualmente para a melhor pesquisa de pós-doutorado no Fermilab ou em colaboração com cientistas do laboratório. Na entrevista a seguir, a pesquisadora de 32 anos, nascida em Vitória (ES), fala sobre essa conquista e sobre o trabalho que vem desenvolvendo, além de revelar os planos para o futuro: ;formar um grupo de pesquisa e liderar um experimento;.
A senhora ganhou o Prêmio Alvin Tollestrup por pesquisas na área da energia escura. Qual seu trabalho no Fermilab?
Eu trabalho no projeto Dark Energy Survey (DES), cujo objetivo é mapear 300 milhões de galáxias e 4 mil supernovas para estudar a energia escura. Para isso, foi preciso construir uma das maiores câmeras do mundo, a DECam, que conta com 570 mega-pixels. Eu participei da construção da DECam aqui no Fermilab e também do processo de instalação dela no Telescópio Blanco, no Chile. A instalação foi um sucesso e, desde 2012, a DECam tem obtido dados de alta qualidade. Minha contribuição para a DECam e o DES foi o que me rendeu o prêmio.
A energia escura é uma hipótese para explicar a expansão acelerada do Universo, certo? O que já se sabe sobre essa força?
Sim, é isso. No entanto, nós ainda não sabemos as propriedades físicas da energia escura. Sabemos apenas que ela constitui cerca de dois terços do nosso universo atual e que parece ser a energia do vácuo, do espaço-tempo em si.
Como surgiu seu interesse pelo tema?
Eu me interessei por esse tópico durante minha graduação em física. O problema da energia escura me foi apresentado pela primeira vez em meu projeto de iniciação científica e, desde então, o desafio de compreender esse fenômeno tem motivado minha carreira.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique