Belo Horizonte ; Não dá para perder tempo. Muitas doenças precisam ser detectadas logo nos primeiros dias de vida para que não prejudiquem o desenvolvimento da criança. Por isso, os pais devem ficar atentos a quatro exames básicos neonatais, a maioria realizada ainda na maternidade: teste do olhinho, do coraçãozinho, da orelhinha e do pezinho. ;São importantes porque muitas doenças só vão apresentar sinais com alguns meses, ou seja, elas passam silenciosas e pode-se perder um tempo precioso sem tratar o recém-nascido;, explica o pediatra neonatologista Cláudio Drummond Pacheco, do Hospital Mater Dei de Belo Horizonte. Nenhum dos quatro testes, porém, define um diagnóstico. São considerados de triagem, pois apenas levantam uma suspeita que deverá ser confirmada por avaliações complementares e a análise de especialistas.
Recomenda-se que o teste do pezinho aconteça na primeira semana de vida do bebê. Cláudio Drummond reforça que o exame deve ser feito o quanto antes porque, caso seja observada alguma alteração, a indicação é repeti-lo. Além disso, o resultado pode demorar 10 dias. ;É raro haver alteração, mas, quando encontramos algo no teste do pezinho, pode ser que tenhamos que correr contra o tempo;, destaca. Por outro lado, não dá para fazer o exame logo depois do nascimento porque algumas doenças, como a fenilcetonúria, dependem do contato do bebê com o leite para que sejam detectadas corretamente.
Avaliação física
Os pais também devem saber que o recém-nascido precisa ser submetido aos testes do olhinho e do coraçãozinho ainda na maternidade. Atenta aos procedimentos, a psicóloga Flávia Andrade Franco Portela, 29 anos, alertou o pediatra, antes de receber alta, de que não havia sido feita a avaliação cardíaca do seu filho. ;Soube dos exames em dois cursos que fiz durante a gravidez. Quanto mais informação, melhor;, comenta. Na primeira ida ao posto de saúde, Flávia aproveitou para fazer o teste do pezinho e marcar o da orelhinha, que pode ser realizado até um mês depois do nascimento. ;É uma tranquilidade saber que dá para agir o mais rápido possível;, completa a mãe do pequeno Caio, que tem 2 semanas de vida.
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