Outro ponto destacado pela pesquisadora é a importância de, no momento da conversa, as informações serem passadas repetidas vezes, evitando que a emoção repentina dos pais não comprometa o entendimento do problema. Fagna Nayara de Paiva, 27 anos, entendeu melhor o câncer que acomete o filho João Sebastian, 4, só depois de uma revelação no mínimo indelicada. Uma enfermeira soltou o diagnóstico de leucemia. ;Ela achou que eu já sabia. Quando me disse, levei um grande susto porque não imaginava que o problema dele era esse. Ainda não tinham nem me dado os resultado dos exames;, lembra. Após o choque, a mãe foi amparada por um psicólogo e o médico do filho, que repassaram mais detalhes sobre a doença. ;Fiquei mais calma, mas acredito que um apoio em conjunto, e mais reservado, teria me auxiliado mais.;
A opção por saber e entender o câncer e, depois, falar sobre a doença para o rebento doente também foi muito relatada pelas entrevistadas. Tânia Mara Batista, 21 anos, ouviu de um médico a notícia de que a filha Kamila Vitória Santos, 4, tinha um tumor bilateral no rim longe da criança e com todo o cuidado possível. Segundo ela, o cuidado tomado foi essencial para a compreensão da doença. ;A Kamila não estava na hora e acho que isso foi importante, pois, depois de entender tudo, pude explicar para ela com as minhas palavra. Mesmo sendo pequena e entendendo pouco, foi o melhor caminho. Hoje, ela já entende muito sobre o tratamento e a situação por que passamos.; Em uma sala reservada, Tânia ouviu do especialista que menina não estava em uma situação crítica e que a chance de cura do tumor era bastante alta. ;Ele me explicou com cuidado e me deu esperanças.;
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique