Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Teste de sangue pode apontar rejeição antes de transplante de coração

Segundo especialistas, o procedimento poderá substituir a temível biópsia



;Ou seja, se tiver uma grande quantidade DNA livre circulante do doador no sangue do transplantado, eu infiro que houve destruição celular por causa da rejeição;, resume o diretor do Laboratório de Imunologia do Hospital do Coração, da Universidade de São Paulo (Incor-USP), Jorge Kalil, não integrante do estudo. Para diferenciar o DNA do doador e do receptor no sangue, bastaria um sequenciamento que usa como base o material genético retirado diretamente de ambos. ;Esse teste parece ser mais seguro, barato e preciso do que uma biópsia do coração, que é o padrão ouro atual para detectar e monitorar a rejeição ao transplante cardíaco;, acredita Stephen Quake, um dos autores e professor de bioengenharia e física aplicada da universidade norte-americana.

Em uma biópsia, um pequeno tubo é enfiado, através da veia jugular, no pescoço e usa-se uma pinça serrilhada para arrancar pequenos fragmentos de tecido do coração. Desconfortável, o procedimento pode causar complicações, como alterações do ritmo cardíaco, além de danos à válvula cardíaca. Os pesquisadores alertam, no artigo, que a avaliação é cara, demorada e pode proporcionar resultados subjetivos ou que variam de acordo com o local do órgão em que a amostra foi retirada. Ainda assim, para confirmar a efetividade do novo teste proposto, foram comparados diretamente os resultados das biópsias colhidas simultaneamente a amostras de sangue de 65 pacientes, sendo 21 crianças e 44 adultos.

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