Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Remédio para combater a doença do sono interrompe autismo em ratos

A descoberta reforça a teoria de que uma das principais causas do distúrbio é de origem metabólica



Com essa alteração, a comunicação entre as células acaba prejudicada, numa forma de mandar ao organismo um alerta de perigo. Se essa resposta persistir por muito tempo, os prejuízos podem ser duradouros. ;Se isso ocorre durante a infância, por exemplo, o neurodesenvolvimento sofre um atraso;, comenta. Naviaux afirma que, no caso dos neurônios, a alteração leva ao estabelecimento de mais ou de menos conexões. ;Uma outra maneira de explicar: quando as células param de falar umas com as outras, as crianças param de falar;, reforça.

A partir dessa constatação, a equipe focou em um sistema de sinalização celular responsável por transmitir essa mensagem de perigo: as citocinas (moléculas geradas pela mitocôndria e desencadeadas por respostas imunes). Elas possuem funções metabólicas fora das células, regulando receptores presentes em todas as células do corpo, chamados purinérgicos. De acordo com o pesquisador, esses receptores são conhecidos por controlar várias características biológicas relacionadas ao autismo, tais como deficiência de linguagem e capacidades sociais.

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