Ainda não há previsão de quando os aviões brasileiros passarão a operar com bioquerosene, mas um compromisso assinado pelas companhias aéreas de todo o mundo prevê que as emissões de gases do efeito estufa pela aviação comercial caiam pela metade até 2050.
Uma carta de intenções entre o ministério e a Plataforma Brasileira do Bioquerosene foi assinada hoje e busca uma cooperação entre governo e iniciativa privada para promover o uso do combustível e torná-lo mais econômico.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanowicz, a bioquerosene teria que custar três vezes menos do que custa hoje para tornar-se competitiva com a querosene de aviação tradicional (produzida integralmente com petróleo).
;O biocombustível já é um fato técnico, mas ainda não é um fato econômico. Ele é bastante mais caro do que o combustível fóssil. É preciso haver articulações no sentido de rever políticas tributárias, de criar cadeias de valor, de rever modelos produtivos;, disse Sanowicz.
Apenas nos 200 voos experimentais da Gol, serão utilizados 2 milhões de litros de biocombustível. A empresa espera evitar a emissão de 218 toneladas de dióxido de carbono, o equivalente à absorção de 1.335 árvores.