Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Condições de um voo normal não apresentam riscos aos passageiros saudáveis

Aqueles com doenças prévias, porém, devem consultar um especialista antes de embarcar



;Para quem é saudável, as condições de voo não fazem nenhuma diferença. Todas as mortes a bordo envolvem pessoas doentes, que não deveriam estar dentro do avião, mas no hospital ou no transporte aeromédico;, explica a nefrologista Vânia Elizabeth Ramos Melhado, presidente da Sociedade Brasileira da Medicina Aeroespacial (SBMA) e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. A pressão dentro da cabine da aeronave não é igual à do nível do mar.

Procura-se atingir uma pressurização interna de no máximo 2.400 metros, altitude equivalente à da Cidade do México, bem tolerada por pessoas sem problema de saúde. Além de uma menor oxigenação do sangue, para se manter em um ambiente hipobárico (com ar rarefeito), há o aumento das frequências cardíaca e respiratória. ;Os gases presentes no organismo, como no intestino e dentro da tuba auditiva, expandem de tamanho duas vezes, e isso é um problema. Por isso, o indivíduo gripado não deve voar e o que fez cirurgia recente vai sentir certo desconforto;, diz Melhado. A nefrologista ressalta que o aeroporto é um lugar de morte súbita porque se anda muito e se carrega peso. Para um passageiro com angina, por exemplo, é alta a chance de ele sofrer um infarto em um ambiente com baixa oxigenação depois do estresse físico.

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