No trabalho, publicado hoje na versão on-line do Jornal de Endocrinologia e Metabologia Clínica, pouco mais de 500 casais com o desejo de engravidar foram acompanhados de 2005 a 2009. Eles faziam parte do Estudo Longitudinal de Investigação da Fertilidade (Life), criado para investigar a relação entre fertilidade e exposição a substâncias químicas ambientais e o estilo de vida. As voluntárias tinham entre 18 e 44 anos, e os homens mais de 18. Nenhum deles estava sob tratamento para infertilidade. Tinham em comum apenas o desejo de ter um bebê. O acompanhamento durou até a gravidez ou por um ano de tentativas. Foram fornecidas amostras de sangue regularmente para a medição do colesterol livre circulante.
Diferentemente do que é feito em outros exames de colesterol, no caso da busca pela interferência da quantidade dele na fertilidade de indivíduos, não é necessário diferenciá-lo entre os seus tipos: o HDL (conhecido como colesterol bom), o LDL (o colesterol ruim) e os triglicerídios. Segundo os pesquisadores, o colesterol no sangue pode estar relacionado com a fertilidade devido à maneira que o corpo o utiliza para fabricar os hormônios sexuais, como a testosterona e o estrogênio. Por esse motivo, saber a função de cada partícula não faz diferença ; quesito essencial na busca por fatores de risco para doenças cardiovasculares, por exemplo.
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