Belo Horizonte - Com 650 hectares, a Reserva Mata do Passarinho, localizada no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, é um alento para os que se preocupam com a preservação não somente da flora, mas também da fauna brasileira. A área, protegida pela ONG Fundação Biodiversitas, abriga 319 espécies de aves devidamente catalogadas, sendo que 38 delas são muito vulneráveis à extinção. Para divulgá-las, a organização preparou o Guia fotográfico da Reserva Mata do Passarinho, assinado pelos ecólogos Thais Aguilar e Alexandre Enout e pelo fotógrafo Ciro Albano.
Grande vedete do livro, o pássaro foi redescoberto em 2005 pelo ornitólogo Rômulo Ribon, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A espécie foi descrita pela primeira vez em 1960, por Helmut Sick, especialista alemão que partiu de exemplares coletados em Salvador e Ilhéus, na Bahia, nas décadas de 1830 e 1940, respectivamente. Depois disso, a ave voltou a ser registrada em 1995 pelo francês Gerard Baudet, na Fazenda Jueirana, localizada em Una, município baiano próximo de Minas Gerais. Depois de inúmeras tentativas, o entufado só foi avistado 10 anos mais tarde na cidade de Bandeira, situada às margens do rio de mesmo nome e do Rio Rubim, no Vale do Jequitinhonha.
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