A indiana criada nos Estados Unidos Sri Viswanathan começou a dar sinais de instabilidade emocional aos 10 anos. Os períodos de depressão eram alternados com euforia, em um quadro clássico de transtorno bipolar. ;Ela sofreu os terríveis altos e baixos de humor por 24 anos, sozinha e com pouco apoio. A falta de um diagnóstico e de um tratamento a tempo fez com que ela não tivesse alívio em seus pensamentos, até seu último ato de desespero;, conta o médico de família Byravan Viswanathan, pai da jovem, uma reconhecida e elogiada professora de cálculo da rede pública de Arlington, no estado da Virgínia.
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Em dezembro de 2012, Sri desistiu do sofrimento. Além do luto pela perda da única filha, Byravan se remoía com pensamentos e sentimentos comuns aos parentes de pessoas que tiram a própria vida: como não foi capaz de perceber que Sri pedia socorro? ;Sendo eu mesmo um médico e perdendo a chance de diagnosticá-la, além de não estar lá para apoiá-la, é uma culpa imensurável. Seus muitos gritos por socorro passaram em branco; não conseguimos avaliar a importância e a seriedade do diagnóstico;, lamenta o médico. Desde então, ele se dedica a ajudar jovens em risco. ;É o que posso fazer em memória da minha filha e, talvez, cada alma salva seja uma ressurreição de uma alma que partiu cedo demais;, avalia.
Embora a sensação de culpa que devastou o médico seja natural nesses casos, os psiquiatras afirmam que os familiares não devem se responsabilizar por não terem previsto um suicídio iminente. Há um consenso de que existem fatores de risco (veja quadro), mas apenas isso é insuficiente para afirmar se o paciente vai ou não atentar contra a vida. Por isso, no futuro, biomarcadores poderão ser úteis nessa tarefa, de acordo com um artigo publicado na revista The Lancet Psychiatry.
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Em dezembro de 2012, Sri desistiu do sofrimento. Além do luto pela perda da única filha, Byravan se remoía com pensamentos e sentimentos comuns aos parentes de pessoas que tiram a própria vida: como não foi capaz de perceber que Sri pedia socorro? ;Sendo eu mesmo um médico e perdendo a chance de diagnosticá-la, além de não estar lá para apoiá-la, é uma culpa imensurável. Seus muitos gritos por socorro passaram em branco; não conseguimos avaliar a importância e a seriedade do diagnóstico;, lamenta o médico. Desde então, ele se dedica a ajudar jovens em risco. ;É o que posso fazer em memória da minha filha e, talvez, cada alma salva seja uma ressurreição de uma alma que partiu cedo demais;, avalia.
Embora a sensação de culpa que devastou o médico seja natural nesses casos, os psiquiatras afirmam que os familiares não devem se responsabilizar por não terem previsto um suicídio iminente. Há um consenso de que existem fatores de risco (veja quadro), mas apenas isso é insuficiente para afirmar se o paciente vai ou não atentar contra a vida. Por isso, no futuro, biomarcadores poderão ser úteis nessa tarefa, de acordo com um artigo publicado na revista The Lancet Psychiatry.