Ciência e Saúde

Células de porco ajudam na regeneração do tecido muscular

O procedimento criado por cientistas dos EUA destina-se ao tratamento de lesões graves. O material é implantado nas feridas dos pacientes e acelera a recuperação dos tecidos

Vilhena Soares
postado em 01/05/2014 07:00
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Quando graves, quedas e torções de membros podem provocar danos sérios à musculatura, prejudicando movimentos exigidos em atividades do dia a dia, como dobrar uma perna e correr. A reversão de problemas como esse nem sempre é a desejada. Um grupo de pesquisadores americanos, porém, desenvolveu uma técnica de regeneração do tecido muscular com resultados positivos. A técnica baseia-se na aplicação de células retiradas de porcos no local do machucado e tem potencial de ser aplicada em tratamentos de outros tecidos do organismo humano.

De acordo com Stephen Badylak, um dos autores da pesquisa divulgada na edição desta semana da revista Science Translational Medicine, participaram do experimento voluntários com diferentes tipos de perda da massa muscular em decorrência de lesões, também detectadas em grupos musculares distintos. Os cinco voluntários receberam uma matriz extracelular ; substância que preenche o espaço entre as células e é composta por componentes fibrosos ; retirada da bexiga de porcos.



Após a cirurgia, os pacientes foram tratados com fisioterapia. A junção de tratamentos, de acordo com os cientistas, resultou em uma melhora de movimentação em todos os operados. Os pesquisadores explicam que a matriz extracelular induziu as células-tronco dos participantes a se tornarem células musculares.

Badylak avalia que uma das grandes vantagens da técnica é de, diferentemente das tradicionais, cultivar células-tronco em um ambiente externo ao corpo e depois injetá-las em pacientes. Dessa forma, a pessoa recebe estruturas ;indutoras; de regeneração diretamente na ferida, simplificando e agilizando a reação do corpo. ;Utilizar uma abordagem que não envolve a entrega de todas as células é importante porque simplifica muito os obstáculos regulatórios que precisariam ser superados e também o custo da terapia. Conseguimos um método eficaz para a restauração muscular vascularizada;, explica o também professor do Departamento de Cirurgia da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

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