Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Análise desmente a versão de que lenço contém amostra do sangue de Luís XVI

A peça onde foi guardado o lenço: genoma não aponta as características do monarca



Mais que a descoberta em si, chama a atenção a novela da relíquia real, motivo de controvérsia e alvo de diversos estudos científicos que buscam sua veracidade. A história da cabaça de madeira ornamentada contendo o pedaço de pano teve início em uma manhã gelada de inverno parisiense. Às 8h, o rei francês foi conduzido em uma carruagem escoltada por 1,2 mil guardas da Torre do Templo à Praça da Concórdia. A viagem de duas horas foi feita em silêncio, conforme o testemunho do padre Henry Essex Edgeworth, confessor do monarca.

Ao chegar ao último degrau do cadafalso, Luís XVI pisou firme e ouviu o toque dos tambores. ;Morro inocente de todos os crimes de que fui acusado. Perdoo aqueles que ocasionaram minha morte e rezo a Deus que o sangue que vocês vão derramar jamais seja cobrado da França;, discursou. Às 10h22, sua cabeça era exibida, sem o corpo, à multidão que, como ensandecida, gritava: ;Viva a República!”.