Uma simples picada de mosca e a pessoa pode morrer seis meses depois, após sofrer com sintomas como febre, anemia, dores e problemas neurológicos. Conhecida popularmente como doença do sono, a tripanossomíase africana (THA) é uma enfermidade parasitária que ataca humanos e animais na África Sub-Sahariana. Além de assustar a população ; estima-se que 70 milhões de pessoas corram risco de infecção ;, o mal representa um grande problema para a saúde pública e a economia da região, consumindo boa parte dos recursos destinados ao setor em países que já precisam combater a malária, o HIV e a turberculose. No Sudão, na República Democrática do Congo e em Angola, a doença atingiu proporções epidêmicas, sendo a primeira ou a segunda maior causa de mortalidade, à frente até mesmo da Aids.
A origem da ameaça é a mosca tsé-tsé (Glossina morsitans), que transmite o protozoário causador da doença. Cientistas têm somado esforços desde o fim do século 19 para controlar e compreender a biologia do inseto. O avanço mais recente, nesse sentido, é o sequenciamento do genoma do vetor, apresentado na edição de hoje da revista Science. Liderado pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale (EUA), o trabalho é resultado de quase 10 anos de esforços, envolveu 140 cientistas de 18 países e pode levar a formas mais eficazes de eliminar o transmissor da THA, para a qual ainda não há vacina ou tratamento eficaz.
Para se ter uma ideia, as substâncias usadas no tratamento inicial da doença do sono, a pentamidina e a suramina, foram desenvolvidas em 1920. Outro componente, o melarsoprol, surgiu em 1949 e continua sendo a principal droga para tratar o mal em sua fase final. O composto, no entanto, induz inflamações cerebrais em 10% dos casos e é fatal em metade deles
A origem da ameaça é a mosca tsé-tsé (Glossina morsitans), que transmite o protozoário causador da doença. Cientistas têm somado esforços desde o fim do século 19 para controlar e compreender a biologia do inseto. O avanço mais recente, nesse sentido, é o sequenciamento do genoma do vetor, apresentado na edição de hoje da revista Science. Liderado pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale (EUA), o trabalho é resultado de quase 10 anos de esforços, envolveu 140 cientistas de 18 países e pode levar a formas mais eficazes de eliminar o transmissor da THA, para a qual ainda não há vacina ou tratamento eficaz.
Para se ter uma ideia, as substâncias usadas no tratamento inicial da doença do sono, a pentamidina e a suramina, foram desenvolvidas em 1920. Outro componente, o melarsoprol, surgiu em 1949 e continua sendo a principal droga para tratar o mal em sua fase final. O composto, no entanto, induz inflamações cerebrais em 10% dos casos e é fatal em metade deles
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