Os raios X interagiram com a amostra, emitindo os raios X secundários, geradores de uma energia que permitiu identificar quais elementos estavam presentes nas peças. Não há registro de metodologia similar no Brasil, segundo a Unicamp. Dois espectrômetros foram usados no processo ; um portátil e outro em bancada fixa. Pelo primeiro, a análise durou cinco segundos. Entre as peças analisadas com presença de um dos dois metais pesquisados pelo equipamento portátil, o nível de concentração médio de níquel foi de 23%, enquanto, na bancada, o percentual subiu para 32%. A concentração variou de 0,02% a 98%. A presença do chumbo oscilou entre 4% e 10%. Em 80% dos piercings, havia níquel e, em 10%, chumbo.
No Brasil, não há legislação específica para regular a quantidade permitida desses elementos químicos. Na União Europeia, em contrapartida, o nível máximo liberado é de 0,05% para níquel e nada de chumbo. Uma revisão da lei considera a taxa de migração dos elementos, calculada de acordo com o tempo de uso e outros parâmetros adotados. Mas, segundo o pesquisador, pela antiga regra, é possível verificar o quanto a presença dos elementos químicos está acima da média. Em relação ao que se verificou na bancada fixa, em média, todas as peças (as adquiridas no Brasil e na Espanha) apresentam nível de metais 64 mil vezes superior ao que era permitido nos países europeus.
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