Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

ONU prega mudanças radicais para cortar as emissões de gases estufas

Segundo especialistas, serão necessários gastos anuais no valor de US$ 147 bilhões até 2029



;Há uma clara mensagem da ciência: para evitar uma interferência perigosa com o sistema climático, temos que deixar de continuar operando igual;, alertou Ottmae Edenhofer, copresidente do IPCC, um projeto da Organização das Nações Unidas (ONU). Os pesquisadores propõem que as fontes energéticas limpas sejam triplicadas ou quadriplicadas. Isso significa que parte do valor investido em combustíveis fósseis, cerca de US$ 30 bilhões, seja transferida para o setor. Além disso, o documento adverte que mais cifras sejam injetadas em melhorias nos transportes públicos, prédios e indústrias com eficiência energética. A estimativa é que essas estruturas recebam um acréscimo de US$ 336 bilhões ao ano.

Reação
Ao comentar as conclusões e propostas do IPCC, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou que enfrentar o aquecimento global é uma aspiração possível, inclusive porque tecnologias capazes de conter um desequilíbrio ambiental já existem. Kerry concordou que o setor precisa de investimentos. ;O informe diz muito claramente que estamos frente a uma questão de vontade mundial, e não de capacidade;, acrescentou.

A comissária europeia para o clima, Connie Hedegaard, censurou a resistência da China e dos EUA em aderir aos programas de controle de emissão de gases. Ela anunciou que a União Europeia adotará um plano ousado para controlar o efeito estufa. ;Quando vocês, os grandes emissores, vão fazer o mesmo? Quanto mais tarde, pior, mais difícil será fazê-lo;, provocou. ;O informe do IPCC é claro, não há plano B. Só há o plano A, o da ação coletiva para reduzir as emissões imediatamente;, defendeu Hedegaard por meio de um comunicado.

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