Para quem ouve falar pela primeira vez da técnica, a auto-hemoterapia até parece coisa de outro mundo. Trata-se da retirada de uma pequena quantidade de sangue e a injeção do líquido de volta para o corpo por meio do tecido muscular, nas nádegas ou nos braços. No entanto, o procedimento, que motiva depoimentos entusiasmados na internet, obedece a uma lógica simples. Segundo seus defensores, ele consegue aumentar o número de macrófagos, as células da linha de frente do sistema imunológico. O reforço na defesa do organismo complementaria o tratamento para diferentes condições de saúde. A explicação é sustentada por estudos científicos. Porém, segundo as instituições de segurança em saúde brasileiras, faltam comprovações científicas do tratamento, que não tem reconhecimento formal como terapia médica.
Os mácrofagos já circulam naturalmente em todos os órgãos do corpo humano com um único objetivo: encontrar e remover elementos indesejados. Algumas pesquisas afirmam que a auto-hemoterapia surgiu há mais de 2.500 anos na China. Massagens fortes beliscavam a pele, causando rupturas em pequenos vasos e estimulando as defesas do local a ser tratado. Teorias à parte, a história pode ser mais bem contada pela servidora pública Luzinéia Maria Amorim, 50 anos. Ela conheceu a técnica por meio de uma amiga que passava por um tratamento contra um câncer de intestino e buscava reforçar o sistema imune com as injeções autólogas. ;Ela fez durante todo o tratamento e nunca interrompeu as sessões por imunidade baixa. O oncologista sabia que ela fazia a terapia e a aconselhava a continuar.;
Luzinéia começou também a tomar as injeções, até como forma de encorajar a amiga. Há cinco anos, uma vez por semana, ela passa pelo rápido procedimento. ;É uma qualidade de vida sem explicação. Conheço pessoas que fazem há 30 anos e dizem a mesma coisa. São só benefícios;, acredita. A servidora conta que cancelou uma cirurgia no nariz para corrigir uma consequência da sinusite crônica por não ser mais necessária. Segundo ela, a respiração voltou ao normal sem intervenção cirúrgica.
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