Participaram do experimento adultos com idades entre 57 e 75 anos, considerados sedentários, que foram orientados a realizar diariamente treinamentos físicos. O grupo praticou atividades aeróbicas supervisionadas. Durante três meses, três vezes por semana, eles se exercitaram em uma bicicleta ergométrica ou em uma esteira por uma hora. Os pesquisadores avaliaram os participantes em três momentos: antes do início das atividades, na metade dos testes (após seis semanas) e no fim das 12 semanas de atividades. Nessas ocasiões, foram medidos o fluxo sanguíneo cerebral e a aptidão cardiovascular dos voluntários. Nas avaliações, constataram-se alterações no fluxo cerebral dos participantes. ;Uma região fundamental onde vimos aumento do fluxo sanguíneo cerebral foi o cingulado anterior, indicando uma maior atividade neuronal e taxa metabólica. O cingulado anterior tem sido associado à cognição superior, no fim da vida;, explicou Sina Aslan, fundador e presidente da Advance MRI. ;Ao medir o fluxo sanguíneo cerebral, de forma não invasiva, detectamos alterações cerebrais muito relevantes e positivas;, assinalou Aslan.
Segundo Sarah Chapman, diretora-chefe do Centro de BrainHealth e uma das autoras do trabalho, os pesquisadores levaram em conta indícios anteriores de que os exercícios podem ajudar a cognição do cérebro. ;Esse estudo baseia-se em um corpo de evidências crescentes que ilustram o quão altamente maleável o cérebro humano é. Mas nosso cérebro e sua neuroplasticidade também têm um lado negativo. Se não adotarmos adequadamente hábitos físicos e mentais saudáveis, vão perder o terreno;, afirmou a cientista. Ela destacou a importância de regularidade nos exercícios, lembrando que, assim como acontece com o corpo, os benefícios ao cérebro não são duradouros se as atividades forem interrompidas.
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