Nesse ponto está a contribuição da pesquisa, realizada em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O pesquisador da Funed Bruno Pereira elaborou e comprovou a eficácia de uma nova formulação farmacêutica para a veiculação da talidomida. Segundo ele, os implantes compostos por polímeros biodegradáveis são promissores sistemas de liberação de fármacos, não necessitando remoção e promovendo uma liberação prolongada e localizada. Avaliadas as características físico-químicas, a farmacocinética e os efeitos adversos da talidomida, o estudo aponta para a melhoria da resposta terapêutica do medicamento quando administrado, para o tratamento de câncer, na forma de implante polimérico.
;Os implantes biodegradáveis representam uma forma farmacêutica com potencial no tratamento de tumores, uma vez que promovem a liberação controlada do fármaco, permitindo a manutenção de níveis terapêuticos eficazes, por um período de tempo prolongado. Também permitem a liberação direta no local de ação, evitando os efeitos adversos provocados quando são administrados pela via sistêmica e protegendo os compostos da inativação antes de atingirem o seu local de ação;, explica Pereira, doutor em ciências farmacêuticas. Por serem biodegradáveis, esses sistemas não precisam ser removidos cirurgicamente após a liberação completa do fármaco, ao contrário dos implantes poliméricos de ação contraceptiva já disponíveis no mercado.
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