Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Depois de desastre, pesquisas no Polo Sul começam a ser retomadas

Uma delas, realizada há décadas, resgata indícios da ocupação humana no continente desde o século 18



Um deles é o professor Andres Zarankin. Chefe do Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais (DAA/UFMG) e coordenador do Laboratório de Estudos Antárticos em Ciências Humanas (Leach), Zarankin retornou recentemente da EACF, numa das primeiras expedições posteriores ao incêndio de 2012. Os estudos do professor, que contabiliza mais de uma dezena de idas ao continente para estudos, mesmo não sendo ligados diretamente à Estação, acabaram prejudicados por causa da logística da viagem.

No ano passado, era preciso remover entulho, levar militares para a realização de tarefas, transportar equipamentos básicos para serem instalados. Enfim, para levar os pesquisadores, implica uma semana de viagem de barco. "É impossível, logisticamente, nos transportar", explica o pesquisador de origem argentina. As expedições participantes do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) dispõem de duas opções para chegar ao local. A primeira é rumar de barco do sul do Chile até lá ou ir de avião e aterrissar num aeroporto chileno na Antártica. No caso do grupo de Zarankin, ainda é necessário viajar de barco até uma ilha na qual os sítios arqueológicos se localizam. Uma parada rápida na EACF também ocorre.

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