Cientistas da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, descobriram um possível tratamento para o vitiligo. Levando em consideração que essa é uma doença autoimune ; ocorre em razão do ataque das células de defesa do próprio organismo a células sadias ;, os estudiosos conseguiram definir a proteína que coordena essa autodestruição. Neutralizando-a, impediram tanto a evolução da doença, quanto fizeram com que a melanina voltasse a ser produzida na região despigmentada, amenizando as manchas brancas.
Alvo do ataque dos linfócitos, os melanócitos são uma espécie de fábrica de proteínas que são transformadas em melanina, que dá a pigmentação da pele. Quando destruídos pelo sistema imunológico, eles deixam a mancha branca característica do vitiligo. Desse processo, sobra uma espécie de resíduo, em sua grande maioria composto por proteínas. Lá, de acordo com o coordenador da pesquisa, o professor assistente de medicina e dermatologia da Universidade de Massachusetts, John E. Harris, foi identificada uma molécula, a CXCL10, que exerce papel preponderante no desencadeamento da doença.
A CXCL10 funciona como uma espécie de sensor, indicando às células de defesa os melanócitos que deverão ser destruídos. ;Imagine uma formiga (os linfócitos) que encontrou um novo pedaço de comida no chão. Ela deixa uma trilha química para as outras sentirem pelas antenas e também chegarem até a comida. O CXCL10 age como esse rastro químico, indicando onde estão e o que deve ser feito com os melanócitos;, compara.
Se essa proteína for neutralizada e o sistema imunológico não detectar a presença dela, segundo o estudo, as células de defesa não mais atacarão os melanócitos. ;É como se as formigas perdessem as antenas e não conseguissem mais detectar o caminho até a comida. Quando bloqueamos a CXCL10, é como se apagássemos a trilha da formiga com alvejante;, complementa o autor da pesquisa. O experimento foi feito em ratos. Em quatro semanas de tratamento, os camundongos começaram a apresentar repigmentação. Oito semanas depois, 10% das cobaias tinham 50% ou mais das manchas repigmentadas.
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