Curiosamente, a eficácia do tratamento foi similar entre os voluntários que tomaram a medicação pensando ser placebo e os que ingeriram placebo imaginando ser o remédio contra o problema. Resultados como esses levaram os pesquisadores a concluir que as expectativas do paciente, sejam elas positivas, negativas ou neutras, influenciam os efeitos terapêuticos tanto do medicamento quanto do placebo. Em particular, eles sugerem que uma mensagem positiva com o ritual de ingestão do comprimido pode influenciar a eficácia dos cuidados médicos.
As conclusões retiradas do estudo liderado por médicos do Centro Médico Beth Israel Deaconess, da Escola de Medicina de Harvard, tiveram como base a observação de 66 pacientes. No total, os voluntários relataram mais de 450 ataques de enxaqueca ; que podem ser comumente definidos como dores de cabeça latejantes, acompanhadas algumas vezes de náusea, vômito e sensibilidade à luz e ao som. Inicialmente, cada voluntário passou por uma primeira crise que não foi tratada e descreveu a dor e os sintomas 30 minutos e duas horas após o problema. Em seguida, foram entregues aos participantes seis envelopes, cada um com um comprimido. As pílulas deveriam ser tomadas imediatamente após o início das seis crises subsequentes.
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