No prato, não podem faltar os vegetais para compor a refeição. Mas até eles demandam moderação. Se há exageros em busca de uma alimentação saudável, há o risco de existência de um transtorno alimentar pouco divulgado, mas que vem preocupando os especialistas: a ortorexia. Diferentemente de distúrbios mais conhecidos, como anorexia e a bulimia, a ortorexia vem à tona acometendo um público diversificado: tantos homens, quanto mulheres. Um público que transforma a importância em manter uma alimentação saudável em obsessão.
Homens que não comem corantes, conservantes, gorduras trans, agrotóxicos e sal podem estar na linha de risco. Contar calorias e ler o rótulo de tudo o que vai ser ingerido também são indícios de que os hábitos alimentares podem estar fora de controle. Segundo a nutricionista Lanuzza Meireles, do Hospital Anchieta, no Distrito Federal, a ortorexia também é caracterizada pela obsessão em saber a origem dos alimentos, como foram plantados, colhidos ou criados, além dos processos até a chegada aos supermercados.
;Normalmente, quando a pessoa não sabe a origem (do produto), deixa de comê-lo. Pode haver, inclusive, a curiosidade em saber o sexo do animal que foi servido. A resposta influenciará na recusa da comida;, destaca. O processamento dos ingredientes também pode ser decisivo. De acordo com Meireles, há ortoréxicos que só ingerem alimentos se tiverem informações detalhadas sobre todo esse procedimento.
Com o passar do tempo, as opções vão ficando mais restritas e o funcionamento do organismo, comprometido. Segundo Maria Del Rosario, diretora científica do Departamento de Transtornos do Comportamento Alimentar da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), pessoas com ortorexia excluem geralmente grupos como carnes, laticínios, gorduras e carboidratos sem fazer a substituição adequada. ;Isso leva a quadros de carências nutricionais e/ou a um de distúrbio da conduta alimentar;, alerta.
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