Cientistas suecos apresentaram nesta terça-feira (31/12) um estudo que esclarece um pouco melhor os danos cerebrais de uma noite sem dormir, o que poderia incentivar as pessoas mais festeiras a ir para cama mais cedo.
Esses pesquisadores em neurologia da Universidade de Uppsala analisaram amostras de sangue colhidas de 15 homens jovens e de boa saúde divididos em dois grupos: entre aqueles que dormiram oito horas e os que não dormiram.
Entre os que não dormiram, os cientistas constataram um aumento de cerca de 20% de duas moléculas, a enolase específica dos neurônios e a proteína S-100B.
"O número de moléculas do cérebro normalmente aumenta no sangue quando ocorrem lesões cerebrais", indicou em um comunicado o coordenador do estudo, Christian Benedict.
"A falta de sono pode promover processos de neurodegeneração", enquanto que, pelo contrário, "uma boa noite de sono poderia ter uma grande importância para a manutenção da saúde do cérebro", acrescentou.
O estudo, que será publicado na revista Sleep, segue a linha de outro estudo publicado em outubro na revista Science, que concluiu que o sono acelera a limpeza de toxinas do cérebro.
Entre essas toxinas estão a beta-amilóide que, cumulativamente, promove a doença de Alzheimer, de acordo com pesquisadores da Universidade de Rochester (EUA), que trabalharam com ratos.