Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Pesquisa feita em Amsterdã conclui que nem toda as pessoas mentem

Segundo a pesquisa, 41% falaram sempre a verdade. Mas 5% dos entrevistados foram responsáveis por 40% das lorotas contadas

Mandar dizer que não está em casa para fugir de um telefonema ou de um vizinho chato, falar para o flanelinha que acabou o dinheiro trocado, chegar atrasado a um compromisso porque dormiu além da conta e jogar a culpa no trânsito; Todo mundo já contou uma mentira na vida. Já se sugeriu, inclusive, que o hábito é tão comum como comer e respirar. Mas, segundo uma pesquisa da Universidade de Amsterdã, isso sim é uma inverdade. Depois de realizar testes com 527 pessoas, os psicólogos garantem que uma boa parte delas é honesta o tempo inteiro.

No estudo, os cientistas sociais perguntaram aos participantes, em um questionário por escrito e, posteriormente, em entrevistas presenciais, quantas vezes eles haviam mentido nas últimas 24 horas. Quarenta e um por cento afirmaram que não tinham contado nenhuma lorota, 51% admitiram de uma a cinco inverdades e 8% reportaram seis ou mais. A média ficou semelhante à já constatada por outras pesquisas: duas mentiras por dia. Contudo, a psicóloga Rony Halevy, um dos autores do trabalho, diz que, nesse caso, não se pode pensar em termos de médias, pois somente 5% dos voluntários foram responsáveis por nada menos que 40% das mentiras.



Para descobrir se os participantes estavam falando a verdade sobre a frequência de suas mentiras, os pesquisadores os conduziram a um segundo teste. Eles deviam jogar os dados e, dependendo do número que diziam ter saído, recebiam determinada quantia em dinheiro. Os cientistas não podiam ver os cubos, por isso, os voluntários estavam livres para trapacear, reportando resultados maiores dos que, de fato, tinham obtido.



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