Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Líquido do corpo de insetos pode reduzir ação de bactérias, fungos e vírus

Cientistas do Instituto Butantan testam o potencial do líquido que preenche o corpo desses animais com intenção de produzir substâncias contra doenças como o herpes e a poliomielite



Os últimos resultados apontam substâncias de alta potência antiviral em lagartas da família Megalopygidae. Na busca pela composição química para testes em organismos e futura aplicação farmacêutica, os dados preliminares demonstram ação inequívoca: a Megalopygidae tornou 2 mil vezes menor a replicação do picornavírus (parente do vírus da poliomielite) e 750 vezes menor a do vírus do sarampo, além de ter neutralizado o H1N1, da influenza.

Ambos os estudos focam em substâncias que apresentem propriedades em ação antiviral e apoptótica, que promove a apoptose, a morte celular programada ou desencadeada que elimina células danificadas ou em excesso. As proteínas são produzidas pela tecnologia de DNA recombinante. Enquanto acontece a apoptose, a ação viral, utilizada atualmente nas lagartas Megalopygidae, combate vírus específicos. Por meio do DNA, o gene codificador da proteína é extraído da hemolinfa, clonado em um baculovírus (vírus que ataca insetos) e replicado em células de insetos que produzem proteínas de defesa (as chamadas proteínas recombinantes) em grande quantidade.

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