Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Cientistas concluem que sangue do paciente pode tratar lesões em tendão

A terapia foi usada em atletas para acelerar a recuperação de problemas nos principais ligamentos da perna. Em menos de um mês, a melhora foi de 90%, mas especialistas alertam que falta um controle sobre o efeito geral da técnica no corpo

As lesões fazem parte do cotidiano tanto de atletas amadores e profissionais quanto de sedentários. Em alguns casos, a solução do problema envolve tratamentos longos, como no rompimento ou na lesão de tendões. Uma equipe de cientistas italianos propõe o uso do PRP (plasma rico em plaquetas) para reduzir o tempo de recuperação e ainda melhorar a funcionalidade do tecido lesionado. Mesmo com as vantagens apontadas, a terapia gera polêmica entre especialistas.

Prática comum no esporte de alto rendimento ; o golfista Tiger Woods, o tenista Rafael Nadal e o astro do basquete Kobe Bryant são exemplos de esportistas que fazem uso do tratamento ;, o PRP usa o sangue do próprio paciente para acelerar a recuperação. Em uma centrífuga, é separado o plasma rico em plaquetas dos demais componentes do sangue coletado. No caso da terapia proposta pelos cientistas da Universidade de L;Anquila, o PRP é injetado no tendão comprometido e as plaquetas começam a estimular o crescimento de células e a cicatrização.



De acordo com o ortopedista Weldson Muniz, o tendão ; que une músculo e ossos ; fica lesionado quando as fibras de colágeno que fazem parte da sua composição têm um potencial elástico menor que o do tecido muscular. ;O tecido dos tendões é um pouco mais rígido. Então, pode romper por algum evento traumático ou por excesso de impulsão;, afirma o médico do Hospital Santa Luzia.

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