Belo Horizonte - A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o alerta durante o último Congresso Europeu de Oncologia, no mês passado: o gás radônio é o segundo maior causador de câncer de pulmão no mundo, atrás apenas do tabagismo. Considerado um inimigo oculto, o gás radioativo é inerte, inodoro, incolor e insípido. Originário da quebra natural do urânio, do rádio e do tório, presentes em solos e rochas, só pode ser detectado com equipamentos de ponta.
De acordo com o coordenador do Laboratório de Radioatividade Natural da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Thomas Ferreira da Costa Campos, esses elementos naturais podem ser encontrados em qualquer parte do mundo. ;Quanto maior for o teor de rádio no solo, maior o potencial de aparecimento de níveis elevados de radônio dentro de construções acima desse solo. Consequentemente, não se deve perguntar ;existe radônio aqui?;, mas ;quanto de radônio tem nesse ambiente?;;, explica o também organizador da cartilha Consequências do gás radônio na saúde humana.
O gás é responsável por 55% da radiação que o ser humano recebe ao longo da vida. Conforme explica o oncologista André Márcio Murad, pesquisador e coordenador do Serviço de Oncologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG), o radônio que sai do solo entra em construções por tubulações, fendas e rachaduras, se acumula e atinge concentrações que podem ser danosas à saúde, sendo maior em casas, pavimentos térreos e em andares inferiores dos edifícios.
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