Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Perfis psicológicos ajudam a prevenir distúrbios alimentares em mulheres

Pesquisadoras da Austrália detalham comportamentos que antecedem os transtornos alimentares mais comuns em mulheres

Uma garota de 12 anos narra, em seu blog, que está magra, mas insatisfeita. ;Ainda tenho que perder muitos quilos, pois continuo gorda e nojenta. Nunca vou desistir da Ana (forma como as meninas referem-se à anorexia), que não exige nada em troca por estar me fazendo magra, linda e feliz;, escreveu Lu, maneira como a adolescente se identifica no diário virtual. Transtornos alimentares como o dela são mais comuns em mulheres e acometem principalmente as mais jovens. Uma pesquisa recente publicada no periódico Eating Behaviors sugere que eles podem ser evitados se alguns traços de personalidade forem identificados pelos pais e profissionais de saúde.

Segundo a pesquisa de Astrid von Lojewski, da Universidade de Sydney, e Suzanne Abraham, da Northside Clinic, ambas na Austrália, a presença e a severidade de um distúrbio de personalidade podem influenciar o curso e o desenvolvimento de transtornos relacionados à alimentação. Elas descreveram que tipos de comportamento são mais propícios a desenvolverem a bulimia e a anorexia, doenças psiquiátricas que aparecem com complicações médicas relevantes, morbidades e taxas de mortalidade de até 20%.

Myrna Campagnoli, endocrinologista pediátrica do Laboratório Exame, conta que o início do diagnóstico dessas doenças pode ser muito turvo, pois o quadro clínico ainda não está completamente formado. ;Os traços de personalidade poderiam nos ajudar a ;prever; que tipo de distúrbio pode aparecer. Às vezes, quando o médico se depara com uma situação assim, ele precisa dar um tiro no escuro, pois os sintomas ainda não apareceram totalmente.;

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