Belo Horizonte - A maioria das mulheres e, no contexto atual da sociedade, dos homens também, preocupa-se consideravelmente com os cabelos. Contudo, diversos produtos químicos usados para manter o visual das madeixas aprumado podem prejudicar os fios no futuro se não houver parcimônia. Pensando nesse problema, o químico Rafael Pires de Oliveira desenvolveu uma metodologia que afere os danos causados por substâncias tensoativas presentes em fórmulas de variados cosméticos, especialmente xampus, dos mais baratos aos de marcas luxuosas.
A dissertação de mestrado do pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sob o título Degradação de cabelo causada por tensoativos: quantificação por meio da análise das soluções de lavagem por espectrofotometria UV-VIS, avalia os surfactantes (moléculas com atividade detergente responsáveis pela limpeza dos cabelos) e seu poder em provocar a perda de proteínas e de melanina, substâncias de grande importância para a manutenção dos fios. Essa fibra natural que recobre a cabeça é composta de diferentes camadas que costumam ser diretamente atingidas pelas substâncias danosas. Cutícula e córtex são as mais afetadas. A primeira é a parte mais externa do fio, enquanto a segunda reúne macrofibrilas de queratina, uma proteína fibrosa composta por aminoácidos.
A principal motivação para o estudo foi um pedido de uma indústria específica da área. ;Uma empresa do setor de cuidados pessoais nos procurou para saber se era possível desenvolver uma metodologia mais prática para quantificar e comparar os danos aos cabelos gerados em longo prazo pelo uso de xampus com diferentes tensoativos;, conta Rafael Oliveira. Ele já havia realizado trabalhos de pesquisa com os fios e aceitou o desafio de se aprofundar no tema. ;Meu estudo visou analisar e quantificar os danos gerados por diferentes substâncias tensoativas usadas em xampus;, diz.
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