Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Baixa produção de ovos de tartarugas-marinhas preocupa cientistas

Comitê se reúne anualmente em algum dos países signatários da Convenção que busca proteger as seis espécies de tartarugas-marinhas e seus habitats

TEGUCIGALPA - Cientistas de 15 países da América, reunidos em Honduras, advertiram para a urgência de se investigar as causas da diminuição de 40% na produção de ovos de tartaruga em uma praia nesse país, informou uma fonte do governo local nesta sexta-feira.

"As tartarugas estão pondo entre 60 e 70 ovos, quando normalmente colocam uns 120 e até 140. Os cientistas estão preocupados e vão investigar as causas. Se é por causa da mudança climática... É quase 40% menos", disse à AFP o assessor legal do Ministério hondurenho de Recursos Naturais e Ambientais, Rafael García.

Nesta sexta, os pesquisadores visitaram a praia El Venado, no Golfo de Fonseca (Pacífico), 140 km ao sul de Tegucigalpa, após o encerramento da X Reunião do Comitê Científico da Convenção Interamericana para a Proteção das Tartarugas Marinhas. O evento começou na terça.

Segundo García, em El Venado, os cientistas observaram como 126 famílias protegem os 40 ninhos feitos pelas tartarugas nos últimos 13 dias, em uma extensão de 4 km nessa praia no Golfo de Fonseca.

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Os membros do Comitê se reúnem anualmente em algum dos países signatários da Convenção que busca proteger as seis espécies de tartarugas-marinhas e seus habitats, especialmente a Baula (dermochelys coriacea) e a de Carey (Eretmochelys imbricata), que correm sério risco de extinção.

O Brasil é signatário da Convenção, que inclui Argentina, Belize, Chile, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Holanda, Honduras, Panamá, Peru, México, Uruguai e Venezuela.