Radiografias mostraram que nem os pulmões, nem os músculos deste tipo de rãs as ajudavam a transmitir sons aos seus ouvidos internos.
No entanto, descobriram que a boca age como um amplificador das frequências dos sons que estes animais emitem. Este sistema é estimulado por pequenas membranas situadas entre a boca e o ouvido interno.
"A combinação da cavidade da boca e a condução óssea permite que as rãs Gardiner percebam sons de forma eficaz sem usar o tímpano dos ouvidos médios", explicou Renaud Boistel, da Universidade de Poitiers e do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França (CNRS, na sigla em francês).
"Demonstramos que a presença de ouvidos médios não é uma condição necessária para a audição terrestre, apesar de ser a solução mais versátil para a vida na terra", destacou o estudo.