Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Estudos podem resultar em novos tratamentos para a perda de memória

Pesquisadores dos EUA conseguem diferenciar, pela ação de uma proteína, quando o problema acontece devido ao envelhecimento ou quando é indício do mal de Alzheimer.

Com o avançar da idade, é comum que detalhes de lembranças a curto e a longo prazo comecem a faltar. Não lembrar exatamente onde estão os óculos, o nome de um parente mais distante ou como foi mesmo aquela história vivida na infância fica mais rotineiro. Características similares a alguns sintomas da temida doença de Alzheimer, que também apresenta os primeiros sinais em pessoas com idade avançada, mas carrega outras deficiências cognitivas mais debilitantes. Ainda sem saber exatamente a razão dessas diferenças, cientistas da Universidade de Columbia, em Nova York, identificaram que pode explicar os dois tipos de perda de memória no cérebro humano. As descobertas, relatadas na edição de hoje da revista científica Science Translational Medicine, sugerem ainda que a perda de memória relacionada à idade pode ser reversível em terapia futura.

Após uma série de experimentos, a equipe liderada por Elias Pavlopoulos foi capaz de relacionar a perda de memória associada com a idade ao giro denteado, enquanto os deficits do Alzheimer estão ligados ao córtex entorrinal ; ambas sub-regiões de uma área do cérebro conhecida como hipocampo. Os pesquisadores tiveram acesso a oito cérebros humanos de pessoas sem qualquer doença mental. O objetivo era analisar post mortem as proteínas expressas no giro denteado e a variação delas de acordo com a idade do indivíduo. Células do córtex entorrinal também foram analisadas pela equipe e serviram de controle, uma vez que não estão ligadas ao esquecimento derivado do avançar da idade.

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