Eles estiveram no inferno mas conseguiram voltar. Foram perseguidos, vítimas de terror físico e psicológico, e sobreviveram ; muito mais do que se imaginava. Um estudo conduzido pela Universidade de Haifa surpreendeu os pesquisadores ao constatar que a expectativa de vida dos judeus expostos ao holocausto é maior que a daqueles que, na época do genocídio, já haviam migrado para o território que se tornaria o Estado de Israel. Até agora, resultados de outras investigações têm mostrado o contrário: experiências traumáticas tendem a influenciar negativamente a longevidade.
Os autores estudaram documentações a respeito de mais de 55 mil imigrantes poloneses do sexo masculino, divididos em dois grupos. O primeiro englobou 41.454 judeus que se mudaram para a Palestina entre 1945 e 1950, ou seja, vivenciaram a perseguição na Europa ; mesmo que não diretamente enviados a campos de concentração. O outro grupo, de controle, incluiu 13.766 judeus que já estavam na região antes de 1939, ano em que eclodiu a Segunda Guerra Mundial. Neste caso, portanto, não houve exposição ao regime de Hitler.
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