PARIS - Apesar do recuo previsível das geleiras do Himalaia ao longo das próximas décadas, o abastecimento de água no subcontinente indiano não deve ser ameaçado, ao menos até o fim do século, revelou um estudo publicado este domingo (4/8) na revista Nature Geoscience.
Os autores do estudo, pesquisadores da Universidade de Utrecht, simularam o que pode vir a acontecer nas duas principais bacias hidrográficas da região - uma alimentada pelo Indo, a outra pelo Ganges - em base em dois cenários diferentes de elevação das temperaturas.
As geleiras das duas bacias vão recuar de forma dramática e até 2100, no pior dos cenários, perderão, em média, a metade de seu volume.
Mas, ao longo do século XXI, não deverá faltar água, porque o degelo adicional deverá permitir enfrentar um aumento na demanda hídrica nesta região do mundo, que tem forte crescimento demográfico.
"Nesses dois casos, as geleiras vão recuar, mas o volume de água corrente gerada pelo derretimento de gelo tende à alta ao menos até 2050", destacaram os autores do estudo.
"Combinada com uma mudança favorável nas precipitações, a disponibilidade de água não deverá diminuir no transcurso do século", avaliaram os pesquisadores. Para eles, "as bacias que dependem das monções e do degelo das geleiras continuarão capazes de atender à crescente demanda hídrica".
Segundo os cientistas, este novo estudo se baseou em dados hidrológicos regionais mais refinados do que os utilizados em trabalhos precedentes sobre o impacto do derretimento das geleiras do Himalaia.
Eles observaram que 70% das precipitações que alimentam o Ganges e o Brahmaputra ocorrem durante a estação das monções, que corresponde à do derretimento das geleiras. Isto, afirmaram, significa que uma parte que aflui neste momento pode ser armazenada em reservatórios para ser liberada no final da estação.
Os autores do estudo, pesquisadores da Universidade de Utrecht, simularam o que pode vir a acontecer nas duas principais bacias hidrográficas da região - uma alimentada pelo Indo, a outra pelo Ganges - em base em dois cenários diferentes de elevação das temperaturas.
As geleiras das duas bacias vão recuar de forma dramática e até 2100, no pior dos cenários, perderão, em média, a metade de seu volume.
Mas, ao longo do século XXI, não deverá faltar água, porque o degelo adicional deverá permitir enfrentar um aumento na demanda hídrica nesta região do mundo, que tem forte crescimento demográfico.
"Nesses dois casos, as geleiras vão recuar, mas o volume de água corrente gerada pelo derretimento de gelo tende à alta ao menos até 2050", destacaram os autores do estudo.
"Combinada com uma mudança favorável nas precipitações, a disponibilidade de água não deverá diminuir no transcurso do século", avaliaram os pesquisadores. Para eles, "as bacias que dependem das monções e do degelo das geleiras continuarão capazes de atender à crescente demanda hídrica".
Segundo os cientistas, este novo estudo se baseou em dados hidrológicos regionais mais refinados do que os utilizados em trabalhos precedentes sobre o impacto do derretimento das geleiras do Himalaia.
Eles observaram que 70% das precipitações que alimentam o Ganges e o Brahmaputra ocorrem durante a estação das monções, que corresponde à do derretimento das geleiras. Isto, afirmaram, significa que uma parte que aflui neste momento pode ser armazenada em reservatórios para ser liberada no final da estação.