Belo Horizonte ; O chá da avó para combater problemas digestivos e a garrafada de ervas indicada pelo amigo do interior para curar a dor de cabeça estão na lâmina do microscópio. Um estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) para comprovar a capacidade terapêutica das plantas se baseou em consultas à população do interior sobre o que os moradores usam para tratar algumas doenças. Iniciado há dois anos e fruto de uma parceria com a Universidade Federal de Alfenas (Unifal), em Minas Gerais, o levantamento compreendeu o estudo de 30 plantas e pretende identificar medicamentos para o tratamento de úlcera, colite, inflamações, dores crônicas, câncer e diabetes. ;Temos espécimes de Minas, São Paulo, Mato Grosso e outros estados;, afirma o professor Wagner Vilegas, responsável pelo estudo. ;Fazemos um levantamento farmacológico nas regiões. Perguntamos quais planta as pessoas usam para tratar determinada doença. Se a mesma informação é encontrada em vários pontos do país, o vegetal passa a ser pesquisado;, explica o professor.
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Com o encerramento da primeira fase do levantamento, o grupo pesquisado foi reduzido para seis plantas. ;São as que apresentaram características mais promissoras;, pontua Vilegas. Uma é a Bauhinia holophylla, ;parente; da Bauhinia foticata, a árvore conhecida como pata-de-vaca, cujas folhas são utilizadas no tratamento da diabetes. A doença surge da incapacidade do pâncreas de produzir insulina, o que provoca a elevação das taxas de açúcar no sangue. A pata-de-vaca é comum na Mata Atlântica, e seu tronco espinhoso chega a medir entre 8m e 9m de altura.
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