Diferenciar infecções leves daquelas que apresentam risco de vida é uma decisão complexa, feita milhões de vezes por ano em salas de emergência. Hoje, baseada principalmente em observações clínicas e exames laboratoriais auxiliares, a decisão define ainda sem precisão se um paciente enviado para casa com antibióticos deveria ter sido internado para tratamento intensivo. O risco é de existência da sepse ; uma infecção grave que está associada com uma resposta inflamatória generalizada e uma das principais causas de morte em todo o mundo. Em artigo publicado na edição de hoje da Science Translational Medicine, pesquisadores americanos relatam dois estudos clínicos em que foi testado um exame sanguíneo capaz de avaliar a sobrevivência do paciente assim que é diagnosticada a infecção generalizada.
Participaram do estudo cerca de 300 pacientes atendidos em quatro departamentos de emergência urbanos com diferentes graus de infecção. Os cientistas analisaram o nível de proteínas, os elementos bioquímicos e o plasma sanguíneo dos voluntários. Após 28 dias, os dados de sobreviventes e não sobreviventes foram comparados. Uma assinatura molecular ; um conjunto específico de alterações bioquímicas no sangue ; pareceu diferenciar os resultados de forma bastante precoce: no momento da chegada ao pronto atendimento. Os pesquisadores concluíram que uma melhor produção de energia celular por um processo chamado betaoxidação ; a oxidação de ácidos graxos feita pelas mitocôndrias ; pode determinar quais pessoas têm mais chances de sobreviver a um quadro de sepse.
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