Elie é colega de Cali, que conhece Yendi, que se relaciona com Roca, um velho amigo de Loko, companheiro de Salvador e Maya, que, por sua vez, conta com Verde, Djuan e Tatu em sua ampla rede social. Mesmo sem Twitter nem Facebook, esses macaquinhos de apenas 30cm também têm seus contatos e, quanto maior a quantidade de %u201Cseguidores%u201D, mais espertos eles são. Dois estudos publicados na semana passada em diferentes revistas científicas e realizados com macacos-de-cheiro e lêmures indicaram que um grande círculo de relacionamentos está associado a incrementos em habilidades cognitivas nos primatas.
[SAIBAMAIS]Embora as redes sociais não deixem ninguém mais inteligente, a capacidade de resolver problemas é maior quando um animal vê outros da espécie fazendo o mesmo. %u201CO que os dois estudos mostram são os benefícios de participar de um ambiente onde há interações sociais%u201D, diz Evan MacLean, pesquisador da Universidade de Duke que liderou a pesquisa sobre os lêmures. O trabalho, publicado na revista Plos One, investigou a habilidade desses animais endêmicos da ilha de Madagascar de roubar comida quando achavam que não estavam sendo vigiados pelos cientistas. O outro artigo, que saiu na Current Biology, também mexeu com o estômago dos primatas: macacos-de-cheiro, comuns na América do Sul, aprendiam a abrir uma lata para ter acesso a alimentos.